Cautela

Aviso à navegação para essa nova praga que se chama "poder podia mas não era a mesma coisa". Esta frase utilizada na campanha publicitária daquela empresa cujo nome começa por Z, termina em N e no meio tem a letra O está a entranhar-se nos nossos dizeres quotidianos e ameaça ir muito mais longe. Ora matutemos:

- Ah e tal, podias ter avisado que não vinhas almoçar! (Um simples disseste que não vinhas era muito melhor)
- Poder podia, mas não era a mesma coisa.
Faz sentido? Nem por isso mas soa a uma resposta cheia de confiança, quase a arriscar o estalo/roundhouse kick.

E esta situação:
- Ah e não sei quê, podia dar um jeitinho para conseguir tirar o carro?
- Poder podia, mas não era a mesma coisa.
Como que a desafiar para a destreza automobilística do indivíduo ou a apostar no flirt com a indivídua.

Destas situações para um "foda-se, podias ter dito que ela tinha 17 anos!" ou um "merda, podias-me ter dito que tinhas herpes/hepatite/gonorreia/outra DST qualquer" (o foda-se e o merda são comutativos) vai um saltinho.

É urgente não deixar alastrar esta epidemia como nos conhecidos casos do "oh égua!" e mais recentemente do "phónix".

E perguntará quem quer que seja que leia este blog: Epá, podias não ter escrito este post estúpido, não podias?
Poder, podia.. mas não era eu.